Jueves 8 Mar 2012, 12:13
A lenda, O Homem, O Deus. Ah, ele também atende por Morrissey.
O polêmico e extraordinário britânico finalmente resolveu reaparecer no Brasil, depois de 12 anos da ultima passagem. Belo Horizonte foi escolhida para abrir a turnê nacional, e o que se pode ver foi um Chevrolet Hall lotado de fãs ensandecidos e (boa parte) histéricos.
A honra de abrir caminho ficou a cargo da talentosa Kristeen Young.No palco, apenas ela e seu teclado. Uma apresentação correta, mas que não agradou a todos.
Passava das 22hs quando Morrissey aparece no palco, para delírio geral. A abertura ficou por conta de “First of the gang to Die”, seguidas por “You have killed me”, “Black cloud”e a ótima “When last I spoke to Carol” que proporcionou as famosas dançinhas de Morrissey.
Quarta-feira virou domingo com “Everyday is like Sunday” cantada em coro.
Morrissey demonstrava estar feliz e muito contente, e por varias vezes disse isso.
Em certo ponto, chegou a abaixar por alguns instantes pra cumprimentar alguns fãs; em outro, enquanto o público gritava loucamente por seu nome, ele começou a gritar Brasil.
“Ouija board, ouija board” e “I know it’s over” foram bons momentos, mas foi em “Let me Kiss You” que homens e mulheres foram à loucura quando Morrissey arrancou sua camisa branca e sensualizou no palco.
Fazendo valer a fama de Divo, Morrissey caprichou no figurino, foram três camisas ao longo do show, duas jogadas ao público. A camisa de seda azul gerou comentários na platéia, mas é o Morrissey, ele pode.
“There is a light that never goes out” e uma versão Linda de “Please, please, please let me get what I want” – que privilegiou sua voz – deram continuidade a apresentação, que seguiu perfeita.
“How soon is now?” proporcionou clima de balada psicodélica e êxtase coletivo.
A volta para o Bis, ficou por conta de “One day goodbye will be farewell”, convenhamos que a escolha poderia ter sido melhor, mas foi executada com perfeição.
E assim, de alma lavada e clima de recompensa, por volta de 23:40 Morrissey deixava o palco do Chevrolet Hall; o momento que ficará para a posterioridade como o dia que este charmoso homem (não segurei o trocadilho, e “This Charming Man”, fez falta no set list) esteve em terras mineiras.