Quem está preparado?
Quem ousa não se tornar conscio que nada é perene
Tudo esta disposto nos ponteiros dos relógios…

Como estar preparado?

E quando cantei "era uma vez uma barquinho…"
E das vezes que tive que te embalar no meu abraço…
O choro que interrompia o sono..
Ou o primeiro pesadelo…

Quem disse que era preciso estar preparado?

Eu aqui, hoje sua confidente, esconder num sorriso
as lágrimas de uma coração partido

Minhas mãos trêmulas, as lágrimas contidas…
Afinal quero ser aquela em quem seu coração confia…

Mas, eu estou preparada?

Hoje descobri o primeiro namoradinho…
Impotência…

Não, eu…

Nasci negro sem direito a carta de alforria
Preso ao céu, retido no espaço
Sem direito a nave espacial

Arguto sem prelado
Argonauta de mares sem aventura
Encentando uma nova empreitada
Em busca do inexaurivel

Exórdio, Ex-ódio,
Fogo, Chama
Centro, Luz
Já anoiteceu

Acerto por não cair
Erro por não saber voar

Rogo-lhes que quando lograres dessa feita
Não te apeteça volver
A Luz já não será tão vistosa a ti…

A falta é uma nota solitária
Um grito estridente abafado no silencio
Tic-Tac do relógio sem ponteiros

Devaneios são faltas de preenchimento
Quem esta cheio de si e não tem nenhum contentamento
Nasce um rebento, Estraçalha fortalezas impetráveis,
Da dor um amor, do amor uma lancinante falta
Quem está a sua mercê, fadado ao fracasso nessa peleja
É infalível, algoz de corações amordaçados

É vazio, é dor
Cheio de Nada
É o copo vazio
A sede do insaciável
O medo de não encontrar mais água…

Quem morre?
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com…

"Quase sempre minorias criativas e dedicadas tornam o mundo melhor."

Penso na sensibilidade
Em plena autofagia
Penso na rebeldia
No que adiantaria devorar as próprias entranhas
Se quando me faço imperativo,
Estou só, ou quase só

Quando será verdade a história sobre dragões e moinhos de vento?

Na espera por um mundo melhor, mais justo!
Quero plantar minha arvore, mas o que faço com o meu escapamento?

Devaneios…. Solitários…. Assim que deveria ser….

Preferia quando tinha somente guardanapos e diários rosinhas, em letras garranchais…. Era fácil se perder na loucura, e perder a prova da insanidade!

Esta é a música que estou mais escutando ultimamente e até tentando arranha-la na viola… Mas nada se compara a Audrey Hepburn, cantando naquela janela, com violão, é pra qualquer psciana que se preze morrer do coração!!!

Linda de Morrer…..

http://www.youtube.com/watch?v=BOByH_iOn88